No mundo, cerca de 800 mil pessoas tiram a vida por ano
A psicóloga do Sesi Farroupilha, Patrícia Chaves da Costa, destacou em recente entrevista à Rádio Spaço FM sobre a importância da campanha Setembro Amarelo. Na oportunidade, ela também repassou algumas orientações para prevenção do suicídio. Conforme Patrícia, todos os serviços prestados pelo Sesi na área de saúde mental, envolvem parte da campanha, que iniciou no Brasil, em 2015. “A cada 40 segundos, o mundo registra um caso de suicídio. São cerca de 800 mil pessoas que tiram a vida por ano. Ela é a segunda causa de morte em jovens com idade entre 15 e 29 anos”, frisou.
Segundo a profissional, é preciso dialogar a respeito do tema, não somente no mês do projeto. “Devemos cuidar mais de nós, valorizar as relações do cotidiano. O suicida emite sinais de isolamento, tristeza, ou frases depreciativas. É essencial acolher e escutar, coisas que vão além do julgamento”, definiu. O Sesi Farroupilha está localizado na Rua Papa João XXIII, número 700, no bairro São Luiz, e atende de segunda a sexta-feira das 8h às 21h45, sem fechar ao meio-dia, e aos sábados das 8h às 11h30. O telefone para contato é o (54) 3260-6300.
Sinais de alerta
Os sinais de alerta descritos abaixo não devem ser considerados de forma isolada. Não há uma “receita” para detectar quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida. Entretanto, ela pode dar sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos, sobretudo se muitos desses indícios se manifestam ao mesmo tempo.
- O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas: Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.
- Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança: As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.
- Expressão de ideias ou de intenções suicidas:
Fique atento para os comentários abaixo. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes são ignorados:- “Vou desaparecer.”
- “Vou deixar vocês em paz.”
- “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”
- “É inútil tentar fazer algo para mudar.”
- Isolamento: As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que gostavam de fazer.
- Outros fatores: Perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio.
Onde buscar ajuda
- CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde);
- UPA 24H, Samu 192, Hospitais;
- Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita).
Centro de Valorização da Vida – CVV
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip, 24 horas, todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.