Polícia Civil informou detalhes sobre crime que chocou o estado
Uma perícia do IGP apontou traumatismo craniano como a causa da morte do bebê de dois meses encontrado em uma cova no dia 22, em Esteio. Além da criança, identificada como Miguel Martins Kosmalski, também foram encontrados mortos Kauany Martins Kosmalski, de 18 anos, mãe de Miguel; e Ariel Silva da Rosa, de 16 anos, amigo dela.
Estão presos por suspeita de participação no crime um pai de santo, de 45 anos, e a esposa dele. Dois adolescentes estão internados por suspeita de ato análogo a homicídio.
A investigação da Polícia Civil indica que as mortes foram motivadas pelo medo que o pai de santo tinha de perder a posição de líder religioso caso a traição vazasse. O bebê morto era filho dele com a jovem, com quem ele se relacionou quando Kauany era menor de idade. Além disso, por ciúmes, a esposa dele também teve envolvimento no crime, diz a polícia.
Segundo a polícia, o pai de santo teria assassinado Ariel a facadas. Já Kauany teria sido morta pela esposa dele, também a facadas. Agora, a perícia apontou que o bebê morreu por traumatismo craniano. Não há informações sobre o que teria causado o trauma.
A investigação indica ainda que um dos adolescentes internados provisoriamente ajudou a planejar os assassinatos. De acordo com a Polícia Civil, o menor queria proteger o pai de santo, a quem tinha como figura paterna.
A esposa do pai de santo afirmou em depoimento à polícia que a ideia do crime partiu de um dos adolescentes. Ela teria participado motivada por ciúmes, pois a jovem teria se envolvido com o marido dela.
Além de homicídio, o pai de santo deve responder ainda por violação sexual mediante fraude.