Órgãos se reuniram para debater alto número de ocorrências no trânsito do município
O Departamento de Trânsito, juntamente com órgãos de segurança e resgate, como Brigada Militar e Resgate Voluntário, se reuniram para levantar o debate das causas de acidentes de trânsito em Farroupilha. No programa Fim de Expediente da última segunda-feira, 8, o diretor do Departamento de Trânsito, Joel Correa, o coordenador do Resgate Voluntário, Enio Ferreira, o tenente da Brigada Militar Marcelo Stassak e o sargento Marcelo de Moraes abordaram o assunto.
Conforme levantamento da Brigada Militar e do Departamento, neste ano, até o momento, foram registradas em Farroupilha 163 ocorrências de acidentes com danos materiais, 28 com vítimas – dois destes com vítimas fatais. Estes números são apenas do perímetro urbano do município, sem contabilizar os acidentes em rodovias. Ambos acidentes com morte foram atropelamentos e ocorreram no mesmo dia, em 12 de junho.
Para Joel Correa, quase 200 acidentes em 2022 é muito para um município do tamanho de Farroupilha. Ele afirma que este número motivou a reunião dos órgãos para debater os motivos. “A maioria dos acidentes que a gente consegue ver pelo sistema de monitoramento é a desatenção do motorista, que não respeita o sinal de pare, o sinal vermelho. E o pedestre também, que muitas vezes acaba atravessando fora da faixa ou com falta de cuidado”, salienta.
O tenente Stassak concorda com a preocupação dos números estarem elevados, salientando a desatenção também por parte dos pedestres. Ele considera de grande importância discutir as medidas de conscientização para reduzir os casos. “Temos que dividir a culpa, ou as missões, porque hoje 50% é do motorista e 50% é do condutor”, afirma.
Já Ferreira levanta uma estatística poucas vezes comentada. Ele calcula que as despesas de atendimentos hospitalar para vítimas dos acidentes em Farroupilha somam R$ 560 mil, sem considerar UTI. “A União paga um pedaço, o município e o estado pagam outros. E o que não é pago, a custa sai no hospital. Por isso a gente vê o hospital tendo prejuízo, é justamente nestes gastos com acidentes que nós pudemos evitar, fazendo com que o leito seja para pessoas doentes”, comenta. Ele defende melhor fiscalização, sobretudo com radares, afirmando que seria mais efetivo penalizar infratores de trânsito no bolso. Confira a entrevista no áudio abaixo.