Vistoria in loco ocorreu na manhã desta terça-feira no interior de Farroupilha
O engenheiro civil Ânderson Fonini, com mestrado em Geotecnia Ambiental e doutorado em Geotecnia, e que atuou na tragédia de Brumadinho, vistoriou na manhã desta terça-feira, 28, algumas áreas de Farroupilha, que foram afetadas pelas chuvas.
Durante entrevista à Spaço FM, ele salientou que o evento ocorrido no Rio Grande do Sul foi atípico e que ainda existem muitas áreas de risco em toda a região da Serra. Fonini comentou que ainda há muitos locais que podem ocorrer rupturas e novos desmoronamentos, como por exemplo, na Linha Sete de Setembro e na Estrada do Salto Ventoso.
Ele esteve acompanhado de outros profissionais da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, em outros pontos com bloqueios, na Estrada Luiz Victório Galafassi, na região da Busa, que precisou ser interditada na última sexta-feira, 24, onde comprovou que ainda há muita água nas encostas e que oferece risco de deslizamento, confirmando que a decisão do bloqueio realizada pela prefeitura foi correta.
“Com essa quantidade de chuva deve-se manter sim o bloqueio, ainda há uma acúmulo de água na base do terreno onde houve a ruptura, além de uma ruptura recente, então é melhor manter-se bloqueado neste período e também nos próximos dias. Sabemos que o bloqueio atrapalha, mas quando há o mínimo de risco para as pessoas, ele deve ser mantido”, declarou.
Na estrada que liga a comunidade de Sete de Setembro à comunidade de Machadinho, a situação é ainda mais complicada. Segundo o engenheiro, é uma área de massa muito grande e a estrada está inserida no meio da massa rompida, e que está comprometida. Ele salientou ainda que qualquer limpeza que se faça no local sem a segurança devida, pode haver mais deslocamento da área rompida e é necessário que o bloqueio permaneça e seja respeitado.



