Vítima foi agredida, sequestrada e forçada a se atirar de penhasco em 2021
O réu Ari Glock Junior está sendo julgado nesta quarta-feira, 25, no Fórum de Farroupilha, acusado de crimes cometidos em agosto de 2021. Ele responde por tentativa de homicídio qualificado, tortura, furto, roubo e possível cárcere privado, conforme denúncia do Ministério Público (MP). O julgamento é presidido pelo juiz Enzo Carlo Di Gesu, sendo a acusação conduzida pelo promotor Ronaldo Lara Rezende, e a defesa a cargo do advogado Jader Marques.
Relembre o caso
Segundo a investigação, o réu, proprietário de um haras na região de Linha Boêmios, suspeitava que um funcionário teria furtado dinheiro do local. Com apoio de um comparsa, ele teria sequestrado, agredido e torturado a vítima. A primeira sessão de agressões aconteceu no próprio haras, onde o funcionário, na época com 39 anos, sofreu choques elétricos, coronhadas, teve um dedo baleado, dentes arrancados e foi jogado desacordado em via pública.
No dia seguinte, quando seria liberada do hospital, a vítima foi novamente raptada, levada a outro local e submetida a mais sessões de tortura: queimaduras com cigarro, ferimentos com agulhas aquecidas, mutilações, utilização de álcool nos ferimentos e cortes de cabelo com máquina de tosquia. Ao final, o homem foi conduzido até uma pedreira e forçado a se atirar de um penhasco. Mesmo ferido, sobreviveu. Após o crime, os agressores ainda teriam invadido a casa da vítima para furtar objetos pessoais. Conforme o MP, o réu é reincidente neste tipo de ação.