Júri ocorreu nesta quarta-feira
O réu Ari Glock Junior foi condenado a 42 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de tortura, tentativa de homicídio triplamente qualificada, sequestro, roubo e estupro. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira, 25, no Fórum de Farroupilha. Ari Glock Junior retornou ao Presídio de Bento Gonçalves onde permanecerá preso.
A sessão foi presidida pelo juiz Enzo Carlo Di Gesu, com a acusação conduzida pelo promotor Ronaldo Lara Rezende e a defesa realizada pelo advogado Jader Marques.
Relembre o caso
Os crimes ocorreram em agosto de 2021, na localidade de Linha Boêmios, interior de Farroupilha. Ari, proprietário de um haras, desconfiava que um funcionário havia furtado dinheiro do local. Com a ajuda de um comparsa, o réu sequestrou, agrediu e torturou a vítima, então com 39 anos.
A primeira sessão de agressões ocorreu no próprio haras, onde a vítima sofreu choques elétricos, coronhadas, teve dentes arrancados, um dedo baleado e foi abandonada inconsciente em uma via pública.
No dia seguinte, ao receber alta hospitalar, o homem foi novamente raptado e submetido a novas sessões de tortura: queimaduras com cigarro, perfurações com agulhas aquecidas, cortes com máquina de tosquia e aplicação de álcool nos ferimentos. Depois, foi levado até uma pedreira e forçado a se atirar de um penhasco. Mesmo gravemente ferido, sobreviveu.
Após o crime, os agressores ainda invadiram a casa da vítima e furtaram objetos pessoais. Segundo o Ministério Público, Ari Glock Junior é reincidente em ações semelhantes.