Ela obrigava alunos a comer o próprio vômito e colocava fita crepe na boca dos que não ficassem em silêncio
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu aumentar a pena de uma professora de escola infantil a seis anos e oito meses de reclusão por torturar, por meio de castigo, em regime inicial fechado. A mulher havia sido condenada a quatro anos de reclusão em primeira instância. Ela foi acusada de submeter sete crianças, com idades entre 3 e 4 anos, a intenso sofrimento físico e mental. O caso aconteceu em 2016, em uma escola municipal em Vacaria. O Tribunal não divulgou o nome da condenada. Ela ainda pode recorrer da decisão.
Segundo o TJRS, a denúncia aponta que a professora retirava da sala os alunos que não queriam dormir na hora determinada, deixava alguns sozinhos no pátio, forçava as crianças a comerem toda a comida, os obrigava a comer o próprio vômito e colocava fita crepe na boca dos que não ficassem em silêncio.
Os pais perceberam mudanças de comportamento nos filhos, como roer unhas, urinar na roupa, ter medo de escuro e de ficarem sozinhos. Também citaram aumento na agressividade e a recusa em ir para a escola.
Uma das crianças contou à polícia e à psicóloga que a professora colocou fita adesiva em sua boca e que o obrigou a comer tudo que havia no prato.