Agricultores foram ameaçados nas redes sociais por líder de grupo indígena
Um grupo de cerca de 20 produtores rurais teve de sair às pressas de uma propriedade invadida por indígenas no município de Erebango, no norte do estado. Os agricultores tentavam acessar o local invadido quando foram surpreendidos por disparos de arma de fogo, na terça-feira 22. As informações são da Revista Oeste.
A propriedade rural, de aproximadamente 50 hectares, pertence a uma família que agora busca, na Justiça, a reintegração de posse.
Os indígenas da etnia Caingangue invadiram o local no fim de semana. Eles interromperam o trabalho do produtor que, no momento, operava um trator. Em vídeo gravado pelos próprios indígenas, o líder do grupo dá ordem para que o produtor abandone a propriedade. “É nosso chão, e esse colono já está plantando na nossa terra há 30 anos”, disse o líder da invasão. “Hoje, decidimos não deixar mais ele plantar. Só viemos dar o recado e já vamos montar nosso acampamento”. No vídeo, o indígena também agradece a ajuda do Incra, da Funai e do Ministério Público.
Autoridades locais investigam o caso e acompanham o desenrolar dos conflitos. Representantes dos produtores e das comunidades indígenas buscam diálogo, enquanto as polícias reforçam a segurança na área.
Segundo Luiz Silva, presidente do Sindicato Rural de Getúlio Vargas, para a Revista Oeste, cerca de 25 indígenas permanecem no local. Os produtores rurais do entorno temem a escalada do conflito.
Nas redes sociais, uma das líderes do movimento publicou um vídeo com ameaças aos agricultores. “Enquanto tiver taquara, temos flechas”, afirmou. “Bons entendedores entenderão. Nossa intenção é um movimento pacífico, mas, se quiserem levar para outro lado, não vamos arredar o pé.”