Parlamentar opinou sobre privatização da Corsan
A discussão sobre a gestão da água voltou à pauta em meio a debates sobre a possível municipalização do serviço em Farroupilha. Em entrevista, a Spaço FM, nesta quinta-feira, 7, o deputado Guilherme Pasin se posicionou contra a ideia, argumentando que criar uma nova corporação pública não é a saída para os problemas relacionados ao fornecimento e tratamento de água e esgoto.
“A gente sabe que o que precisamos, na verdade, são serviços de qualidade. Água potável, esgoto tratado e preço justo. A municipalização me parece não ser a resposta. Em muitas experiências que já tivemos com serviços municipalizados, vemos que, em médio prazo, os resultados costumam ser negativos: serviços caros, lentos e com qualidade questionável”, apontou.
Ele citou como exemplo o Dmae, de Porto Alegre, para ilustrar o que considera uma má gestão pública do serviço. “O Dmae é um caso claro de serviço com custo altíssimo, execução demorada e qualidade duvidosa. Isso não é solução para ninguém”, frisou.
Apesar de reconhecer que a Corsan, recentemente privatizada, ainda não atingiu a eficiência esperada, ele pondera que há uma curva de aprendizado natural nesse processo. “Não é que esteja ruim, mas ainda não atingiu o ponto ideal de entrega. No entanto, a Corsan agora tem uma capacidade de investimento que a empresa pública nunca teve, e acredito que isso vá se equilibrar com o tempo.”
Por fim, destacou que a simples privatização também não resolve todos os problemas, reforçando que o essencial é a boa gestão. “O que faz a diferença é um contrato bem feito e, principalmente, bem fiscalizado. É isso que vai garantir um serviço eficiente, com qualidade e preço justo à população”, justificou.