Celestino Loro defende que a carga tributária atinge toda a sociedade e cobra mais controle dos gastos públicos
O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, Celestino Oscar Loro, criticou a judicialização do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo governo federal e apontou que o real problema está na narrativa criada em torno do tema.
Loro afirmou que recorrer à justiça é um direito garantido a qualquer cidadão dentro do Estado Democrático de Direito. Para ele, o que causa constrangimento não é o recurso em si, mas a forma como a discussão vem sendo conduzida. “Judicializar é algo que está aberto a qualquer cidadão. O que nos constrange muito mais são as narrativas que são construídas a partir de toda essa discussão”, frisou.
O presidente da CIC destacou que o discurso de “luta de classes” está ultrapassado e não se sustenta na realidade atual. Segundo Loro, a ideia de que os pobres pagam mais impostos enquanto os ricos não pagam seria equivocada, já que todos são impactados pela carga tributária. “A sociedade inteira paga imposto. O IOF atinge o cidadão que compra a casa própria pelo Minha Casa Minha Vida, o carro parcelado, a geladeira financiada, a produção de alimentos, a agricultura”, exemplificou.
Loro também defendeu que o país precisa de equilíbrio fiscal pelo controle de despesas, não pelo aumento da arrecadação. “Imposto é nocivo. É preciso consertar o país pelo lado da despesa e não da receita. A sociedade não aguenta mais esse ônus, esse fardo que carrega nas costas”, concluiu.