Sua ossada foi encontrada em junho deste ano, em uma área de mata
A Polícia Civil concluiu que não houve crime e que a advogada Alessandra Dellatorre, filha da farroupilhense Ivete Stella Dellatorre, desaparecida em julho de 2022 e que teve os restos mortais encontrados em junho deste ano, estava sozinha. A mulher, então com 29 anos, foi vista pela última vez após sair para caminhar em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O inquérito foi remetido ao Judiciário nesta terça-feira, 10.
De acordo com o delegado Rafael Pereira, diretor da Divisão de Homicídios da Região Metropolitana, a ossada de Alessandra não tinha marcas de violência e as roupas dela não apresentavam vestígios de sangue. A investigação chegou às constatações através de análises técnicas realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Outra conclusão é de que a advogada não sofreu violência sexual. Conforme a Polícia Civil, as roupas utilizadas por Alessandra “estavam intactas no quadril”, e a perícia não encontrou vestígios de sêmen nas vestimentas.
Incerteza sobre causa da morte
A causa exata da morte de Alessandra não foi apontada. O tempo decorrido entre o desaparecimento da advogada e a localização da ossada dificultou os trabalhos das autoridades.
Um laudo realizado pelo IGP analisou o conteúdo contido em uma garrafa plástica descartada por Alessandra após sair para caminhar. O documento identificou uma mistura compatível com um medicamento para tratar transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, além de uma bebida energética com cafeína.
“Pode ser suicídio ou mal súbito, pois havia resquícios de medicamento controlado na garrafinha encontrada”, explica o delegado. O sepultamento de Alessandra ocorreu um dia após a localização da ossada. A despedida foi realizada no Crematório e Cemitério Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.