Especialista foi a convidada do programa Spaço Livre deste sábado
O programa Spaço Livre deste sábado, 29, recebeu a pediatra e coordenadora do Curso de Medicina da UCS, Ana Paula Agostini. Durante o painel, ela esclareceu dúvidas sobre sua especialidade como a cardiopatia congênita é qualquer alteração da formação do coração que acontece durante o início da gravidez, até a oitava semana de gestação. Ana Paula explicou que atualmente a causa principal de mortalidade infantil são as más formações congênitas. Dentre elas os problemas de má formação do coração são as mais frequentes.
A especialista salientou que a Sociedade Brasileira de Cardiologia, através do Departamento de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica busca informar a população sobre a importância do diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas, celebra durante o mês de junho, especificamente no dia 12 de junho, o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. Os dados da sociedade mostram que a cada 100 recém-nascidos um apresentará alguma alteração na formação estrutural do coração. Metade das crianças cardiopatas necessita algum tipo de tratamento ou intervenção. Infelizmente no Brasil, a cada três bebês com mal formação um não recebe o tratamento adequado. Segundo o Ministério da Saúde, 6% dos bebês nascidos no país têm alguma cardiopatia congênita, o que representa cerca de 29 mil casos por ano.
De acordo com Ana Paula, a detecção precoce da cardiopatia congênita é essencial para um tratamento eficaz e melhora da qualidade de vida dos pacientes. A suspeita das cardiopatias pode acontecer ainda na gestação, através de testes de triagem em todos os recém-nascidos após completarem 24 horas de vida através do teste coraçãozinho (oximetria de pulso) e pelo exame atencioso do pediatra. Na gestação com a realização do Ecocardiograma Fetal ajuda a identificar e selecionar os casos graves, para que esses bebês possam nascer em centros especializados que realizam cirurgia cardíaca pediátrica, com equipes treinadas para atendimento do recém-nascido cardiopata. Quanto mais rápida for à correção da cardiopatia, melhor será o resultado no desenvolvimento e qualidade de vida dessas crianças. O diagnóstico de cardiopatia congênita é desafiador para os familiares e para toda a equipe envolvida. Portanto é fundamental o suporte emocional destas famílias, a segurança e garantia do tratamento.
A Fundação Universidade de Caxias do Sul, mantenedora do o Hospital Geral de Caxias do Sul, que é o Hospital Escola do Curso de Medicina da universidade, atende 100% SUS e funciona como referência para diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas. Atendemos as gestantes do Serviço de Obstetrícia de Alto risco, realizando ecocardio fetal, avaliando os recém-nascidos e as crianças que apresentam algum problema.
Ana Paula Agostini é graduada em Medicina pela UCS. Possui residência Médica em Pediatria, Terapia Intensiva Pediátrica realizada no Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Realizou Pós Graduação em Cardiologia Pediátrica e ecocardiografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Pós graduação em Medicina Fetal ‘Lato Sensu’ promovido pela Fundação de Medicina Fetal Latino Americana. Desde 2002 é docente da UCS e coordenou o Programa de Residência Médica em Pediatria do Hospital Geral de Caxias do Sul durante sete anos.
Atualmente realiza seu trabalho como pediatra, com atuação na área de cardiologia pediátrica e fetal e ecocardiografia, atendendo no SUS e na clínica privada Pulse Cardiologia localizada no City Life Centro Comercial que fica na Rua Bento Gonçalves, 2.650 Sala 1.303 no bairro Pio X em Caxias do Sul. Informações (54) 3537-8268.