Ele responde ao processo em liberdade
Um padre foi condenado a 15 anos, 10 meses e 16 dias de prisão pelo sequestro e estupro de uma menina em Rio Grande, no Sul do estado. Segundo a denúncia, os crimes foram cometidos em 2018, quando a criança tinha 11 anos. O religioso responde ao processo em liberdade e pode recorrer da decisão. O advogado que representa o réu afirma que “a decisão foi contrária à prova dos autos, e a defesa técnica irá recorrer da sentença”.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), a menina foi raptada na frente de casa em maio de 2018. Ela brincava com seu cachorro e saiu do pátio para buscar uma bolinha, que havia caído para o lado de fora. Segundo o depoimento da criança, o padre teria a convidado para entrar em seu carro. Após negar o pedido, ela teria sido colocada à força para dentro do veículo.
Os pais da menina estavam dentro da residência, assistindo televisão, e não testemunharam o caso. O sacerdote teria dirigido pela cidade com a criança. Durante o trajeto, ele teria a ameaçado de morte. Segundo o juiz do caso, João Gilberto Engelmann, da 1ª Vara Criminal de Rio Grande, a criança foi mantida refém por tempo razoável. Dentro do carro, a menina teria sido abusada. Ela contou que o réu teria apalpado suas partes íntimas. Em um momento de descuido do homem, a vítima conseguiu fugir e pedir ajuda. A criança reconheceu o acusado por meio de uma foto.
Contrapontos
O que diz a Diocese de Rio Grande
Procurado pela reportagem, o administrador da Diocese de Rio Grande, padre Gil Raul Pereira Júnior, informou que:
“O acusado pertence a uma congregação religiosa que trabalhava na Paróquia São Judas Tadeu, no bairro Getúlio Vargas. A congregação era a de São Carlos Scalabrinianos, que, na época, saiu da diocese e não tem mais comunidade em Rio Grande. O homem trabalhou na Diocese de Rio Grande por apenas meio ano, até ser preso. Assim que o acusado foi preso em flagrante, o bispo da cidade de Rio Grande na época, Dom Ricardo Hoeper, o suspendeu das ordens, impedindo o suspeito de atuar como padre. Ele ganhou habeas corpus e foi embora para Passo Fundo.”
O que diz a Congregação São Carlos Scalabrinianos
A Congregação São Carlos Scalabrinianos não retornou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.