Companhia dona das marcas Olympikus, Mizuno e Under Armour no Brasil faturou R$ 2,9 bilhões em 2022 e foi destaque na revista IstoÉ Dinheiro
O empresário farroupilhense Pedro Bartelle foi capa da revista IstoÉ Dinheiro de 23 de junho, destacando sua gestão na Vulcabras, que conquistou no ano passado o faturamento recorde de R$ 2,9 bilhões, o maior em 70 anos de história da companhia. “O menino de ouro de Farroupilha, como era conhecido, decidiu ainda muito jovem trocar a sapatilha e o macacão do automobilismo por terno, gravata e tênis. Aos 47 anos, como CEO do Grupo Vulcabras, ele comprova que pegou gosto por vitórias no campo dos negócios”, destaca a matéria de Hugo Cilo.
Pedro Bartelle conduz a empresa formada pelo pai Pedro Grendene Bartelle, e pelo tio, Alexandre Grendene Bartelle, desde 2015, e é apontado pela revista como o responsável por uma dolorosa reestruturação, com demissões em massa, fechamento de fábricas e cortes profundos de custos .
Segundo os números divulgados pela IstoÉ, a Vulcabras produziu 31,7 milhões de pares em 2022, um crescimento de 17% na comparação com 2021. Com esses recordes, a companhia começou 2023 embalada, atingido R$ 668,6 milhões no primeiro trimestre, expansão de 21,7% sobre igual período do ano anterior. “Foi o décimo trimestre consecutivo de crescimento. Performance impressionante para uma empresa que acumulava margens espremidas e dívidas de quase R$ 1 bilhão em 2011”, ressalta a publicação.
A Vulcabras conta com R$ 600 milhões para investimento em pesquisa, desenvolvimento de novos produtos e aquisições. A empresa comprou em 2018 o licenciamento da marca americana Under Armour, hoje líder em basquete no Brasil, informa a IstoÉ. Em 2020, licenciou para a Grendene, empresa da família, a marca Azaleia, de moda feminina. O plano era concentrar todos os esforços no segmento de calçados, roupas e acessórios esportivos, além de comprar da Alpargatas a operação da Mizuno no país.
Entre os próximos passos, está o projeto de tornar a Olympikus, marca que responde por 50% das vendas da Vulcabras, uma gigante global de artigos esportivos. A companhia inaugurou sua primeira operação na Espanha, mercado que será um hub de distribuição e venda para toda a Europa. “As exportações respondem, atualmente, por 10% do resultado total. A meta é dobrar isso nos próximos anos e compensar a retração dos negócios em países importantes para a empresa, como a Argentina, onde as vendas são hoje metade do que já foram uma década atrás”, informa a revista.
