Defesa sustenta que ocorreu um “mal-entendido” e que o suspeito não teria trocado palavras com a vítima.
O motorista de aplicativo preso em flagrante por suspeita de sequestrar uma adolescente, de 15 anos, em Novo Hamburgo, teve liberdade provisória concedida nesta sexta-feira, 15, durante audiência de custódia.
A decisão da juíza responsável pela audiência considerou, entre outros pontos, o fato do suspeito não ter antecedentes criminais, de acordo com o jornal Zero Hora.
O homem, de 47 anos, responderá ao processo criminal em liberdade, mediante medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica por 60 dias. Ele também foi proibido de manter contato com a vítima.
A decisão ocorre após o advogado Lindomar Oliveira apresentar pedido de liberdade imediata. Ainda segundo a Zero Hora, ele justifica que o cliente não teve oportunidade para explicar o que houve para as autoridades. Conforme a Polícia Civil, o homem optou por não se manifestar sobre o ocorrido. A defesa sustenta que ocorreu um “mal-entendido” e que o suspeito não teria trocado palavras com a vítima. “Ele fez esse trajeto, que também era uma rota para o destino. Esse caminho era, inclusive, o mais rápido. Em um determinado ponto, como não tinha sinal, ele parou o carro para desabilitar o aplicativo e habilitar de novo para conseguir continuar o destino, mas aconteceu esse mal-entendido”, afirma o advogado ao jornal.
Durante a audiência de custódia, o advogado diz que apresentou trecho de um relatório da Uber, empresa de aplicativo o qual o motorista atuaria, que mostrava uma oscilação de sinal de internet — entre péssimo, ruim e sem sinal — durante a corrida que gerou o episódio. Para a defesa, esse documento justificaria a parada relatada pelo motorista para, supostamente, reiniciar o celular.
O relatório, conforme Oliveira, já estava dentro do auto de prisão e havia sido solicitado pela autoridade policial, no entanto, foi reforçado pela defesa.