Rigotto também criticou MDB por trocar apoio no Congresso por cargos
O ex-governador Germano Rigotto demonstra preocupação com o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que assume a presidência no próximo domingo, 1°. O emedebista avalia que o petista terá uma margem pequena para erro, enfrentando uma oposição radical e forte, principalmente fora do Congresso Nacional.
Rigotto comenta que ajudou na transição produzindo um relatório para o futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alkmin, mas garante que não apresentou pretensão em participar do governo, criticando a postura do MDB em trocar cargos por apoio. “Notei que o MDB de novo ia entrar naquele leilão de ministérios, que eu sempre condenei. Sempre disse que o partido se apequenava no momento em que ele trocava apoio no Congresso Nacional por cargos no governo. E eu não ia participar disso. Então deixei claro ao Baleia Rossi [presidente do MDB] que meu nome não estava a disposição para participar do governo nessa busca de espaços”, comenta.
Na eleição presidencial, Rigotto fez parte da campanha de Simone Tebet. Ele afirma que não participou do segundo turno, onde a senadora apoiou ativamente Lula. Rigotto pontua que respeita a decisão da colega partidária em assumir o Ministério do Planejamento, mas não concorda a maneira como ela conduziu as conversas para participar do governo, defendendo que ela buscasse um caminho independente. Confira a entrevista no áudio abaixo.