Maguila sofria a “demência do pugilista”, consequência das pancadas na cabeça que sofreu ao longo dos 17 anos de carreira
O Brasil se despede de um dos maiores boxeadores de sua história. José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, morreu nesta quinta-feira, 24, aos 66 anos. O principal peso-pesado e uma das direitas mais pesadas do pugilismo brasileiro sofria de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como ‘demência do boxeador’, consequência das pancadas na cabeça que sofreu ao longo dos 17 anos de carreira.
Em sua brilhante carreira, acumulou um cartel de 85 lutas, 77 vitórias (61 por nocaute), sete derrotas e um empate técnico. Cativou o público com seu jeito carismático e suas entrevistas folclóricas. Entre as lutas mais especiais da carreira, estão os confrontos com duas grandes lendas dos pesos-pesados, Evander Holyfield e George Foreman.
“O Maguila estava há 18 anos com encefalopatia traumática crônica. Há 30 dias foi descoberto um nódulo no pulmão. Ele sentiu muitas dores no abdômen, tiraram dois litros de água do pulmão. Não conseguimos fazer a biópsia”, afirmou a esposa Irani Pinheiro.
Um dos expoentes do peso-pesado brasileiro, Maguila manteve o título Brasileiro entre os anos de 1983 e 1995, o Sul-Americano entre 1984 e 1993, conquistando os cinturões das Américas do Conselho Mundial de Boxe em 1986, da América Latina da Associação Mundial de Boxe em 1996 e da Federação Internacional de Boxe em 1996. Em 1995 Maguila derrotou o britânico Johnny Nelson para conquistar o cinturão da Federação Mundial de Boxe.