Primeira informação era que Juliana Denise Ferreira estava grávida de oito meses
A Polícia Civil investiga o caso de Juliana Denise Ferreira, 39 anos, morta a golpes de machadinha pelo companheiro, João Batista Silva de Souza, 58, que tirou a própria vida logo após o crime.
O caso ocorreu por volta de 5h15 em uma casa da Rua Tucano, no bairro Cruzeiro, zona leste de Caxias do Sul. Porém, diferentemente do que foi repassado à imprensa pelo delegado plantonista, Rodrigo de Assis, Juliana não estava grávida. Isso foi esclarecido em laudo emitido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Os corpos de Juliana e de Souza foram encaminhados para exame de necrospia. De acordo com o coordenador da 2ª Coordenadoria Regional de Perícias, Airton Kraemer, o laudo médico do IGP aponta que a mulher não estava grávida, como havia sido repassado na hora do fato. O útero da mulher foi examinado, e foi constatada uma laqueadura no local.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), investigará a motivação para o crime.
Ainda durante a noite, vizinhos notaram um desentendimento entre o casal. Pela manhã, um deles percebeu que a residência estava aberta. Ao ingressar no imóvel, ele encontrou o homem enforcado na cozinha e, no quarto, a mulher.
Juliana, natural de Caxias do Sul, foi atingida por um golpe na região da cabeça, enquanto estava deitada na cama.
Diversos bilhetes de despedida do companheiro dela foram encontrados na sala da casa, indicando divergências entre o casal. O homem, natural de Porto Alegre, trabalhava como taxista e tinha ponto no bairro Kayser.