Silvinei Vasques é investigado pela atuação na corporação durante as eleições de 2022, quando fez declarações públicas em apoio ao ex-presidente
A Justiça Federal de Santa Catarina determinou na segunda-feira, 14, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preste depoimento no processo administrativo que apura improbidade do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. A decisão, assinada pelo juiz Eduardo Kahler Ribeiro, da 4ª Vara Federal, determina que o depoimento seja prestado de forma oral, e não por escrito.
A decisão atende a pedido dos advogados de Silvinei Vasques, que indicaram Bolsonaro como testemunha de defesa e argumentaram que um depoimento por escrito poderia prejudicar o direito à defesa e ao contraditório. Além do ex-presidente, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres também foi apontado como testemunha.
Vasques é investigado pela Corregedoria-Geral da União (CGU) pela atuação na corporação durante as eleições de 2022, quando fez declarações públicas em apoio a Bolsonaro, pedindo votos ao então candidato à reeleição.
Ele também é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por uma suposta interferência da PRF no segundo turno das eleições presidenciais, quando Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso pode cassar sua aposentadoria como policial rodoviário federal.