Vítima, natural da Argentina, não resistiu ao atropelamento; motorista alegou que pensava ter atropelado um animal
O corpo de uma mulher passou mais de 30 minutos pendurado no teto de um veículo, em Giruá, no noroeste gaúcho, na madrugada de domingo, 8. A vítima foi identificada como Viviana Villalba, 22 anos, natural da Argentina.
Conforme a Polícia Civil, Viviana morreu atropelada na ERS-344. O condutor, de 21 anos, alega ter visto o cadáver em cima de seu Volkswagen Fox somente ao chegar em casa, após percorrer três quilômetros. A passageira do carro teria notado “algo similar a uma perna humana” no vidro traseiro, durante o percurso. Eles retornavam de uma festa em Santo Ângelo.
Em depoimento prestado aos policiais, o motorista pensou ter atropelado um animal, alegou excesso de neblina, o que dificultava a visibilidade no trecho, e que não parou o carro porque teve medo de ser assaltado. Uma câmera de segurança, dentro da cidade de Giruá, registrou o Fox passando três vezes pela mesma rua entre 3h48 e 3h52.
A dupla acionou a Brigada Militar. Depois o motorista compareceu na delegacia, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. A ocorrência foi registrada como homicídio culposo, ou seja, quando não há intensão de matar.
Nascida no município de Dos de Mayo, na província argentina de Misiones, Viviana trabalhava há cerca de duas semanas em uma casa noturna, na Rua Guarani, no entorno da ERS-344, onde o acidente aconteceu. As colegas de serviço relataram aos policiais que, por volta das 3h, ela teria saído a pé do estabelecimento, sem rumo definido.
A jovem caminhava totalmente nua da cintura para baixo, vestia apenas um moletom, conforme mostram imagens de câmeras na região. Os motivos desse comportamento ainda não foram esclarecidos, mas a possibilidade de surto psicótico não é descartada.
