Vítima foi forçada a decepar parte do próprio dedo para confessar um suposto furto que, de acordo com a polícia, não aconteceu
Um homem foi preso suspeito de torturar um funcionário por aproximadamente oito horas, na quinta-feira, 27, em Canoas.
Conforme a Polícia Civil, a vítima foi acorrentada, queimada com um maçarico, recebeu choques elétricos e teve água fervente despejada sobre as costas. Em um ato extremo de crueldade, foi obrigada a cortar parte do próprio dedo com um alicate.
A agressão começou quando a vítima chegou para trabalhar e o empregador a imobilizou com algemas e correntes, iniciando uma série de atos violentos. Segundo a polícia, o suspeito teria exigido que a vítima confessasse um suposto furto que, de acordo com as autoridades, não aconteceu.
A tortura teria acontecido na presença da namorada e da mãe do agressor. O funcionário foi perfurado nos joelhos com uma furadeira e só conseguiu escapar após horas de sofrimento.
A polícia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na casa do suspeito, onde encontrou os instrumentos usados no crime. Uma arma de fogo do tipo garrucha também foi apreendida. O IGP identificou vestígios de sangue no alicate utilizado para a mutilação da vítima.
O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional. Um inquérito policial foi instaurado para dar andamento à investigação, que continua para apurar se há outros envolvidos e a motivação do crime.