Sindicância na corregedoria do Instituto-Geral de Perícias foi aberta para apurar erro
Diante da tragédia que o Vale do Taquari viveu por conta das enchentes, uma família de Muçum se despediu da pessoa errada, sepultando outra vítima. O erro aconteceu durante o reconhecimento dos corpos no Instituto-Geral de Perícias (IGP), que considerou a troca de identidades uma “grave inconsistência” no processo.
Segundo a direção do Instituto, o corpo estava em um bloco de 22 vítimas encontradas após a enchente. A identificação se deu pelas impressões digitais e, após o procedimento, o corpo foi apresentado para a família. O sepultamento ocorreu em Muçum. Alguns dias depois, o IGP realizou revisão de todos os laudos do lote e os servidores perceberam que a comparação de impressões digitais era inviável. Tendo em vista o estado de decomposição do corpo, a digital estava bastante comprometida e o positivo foi descartado.
Na última segunda-feira, 11, foi solicitada a exumação para exame de DNA. A prova com base no material genético apontou que a vítima era de outra família de Muçum que tinha uma pessoa desaparecida. Foi então providenciada a entrega para a família correta. Assim, a família que havia sepultado o corpo equivocadamente teve seu parente reinserido na listagem dos desaparecidos. As buscas prosseguem. Uma sindicância foi aberta pelo órgão para apurar a falha.