Essas pessoas estariam na chamada ‘zona de invisibilidade’
O Conselho de Cultura do Rio grande do Sul arquivou o projeto para a captação de recursos através da Lei de Incentivo a Cultura (LIC), que prevê a realização da Semana Farroupilha de 2023 na cidade de Farroupilha. Conforme o Conselheiro Plínio José Borges Mósca, o produtor cultural não considerou artistas e trabalhadores que estão na chamada ‘zona de invisibilidade provocada pelo preconceito de etnia, gênero e base social’.
Ainda segundo Mósca, foi emitido um parecer contrário ao recurso do produtor, citando os quesitos ‘pluralidade, acessibilidade e inclusão’. No parecer do conselheiro, ele justificou: “Como deve ser de seu conhecimento, tanto o Sistema Nacional de Cultura, como o Plano Estadual de Cultura do RS, preocupam-se com a ausência de propostas afirmativas concretas de incluir entre os artistas, técnicos, gestores, produtores, administradores culturais, as mulheres, os pretos, as pessoas com deficiência, os povos originários, as pessoas Lgbtqia+, os obesos, os idosos, os ciganos e demais categorias dos cidadãos invisibilidades dentro de uma sociedade excludente”, afirmou o conselheiro Mósca.
Em entrevista à Spaço FM, a presidente do Conselho de Cultura de Farroupilha, a professora Elenice Girelli, afirmou que o projeto teve aprovação do conselho, pois houve o entendimento que o mesmo atendia todas os quesitos necessários em termos de programação, onde a valorização dos artistas locais estava priorizado. “Eu não sabia que precisava a inclusão desses artistas”, declaro a presidente.
Ela acredita que o projeto será revisto e adaptado para que seja novamente analisado, porém, ressaltou que, se essa é a regra para a aprovação do projeto, deverá ser obedecida.