Chacina de Unaí aconteceu em 2004, quando quatro funcionários do Ministério do Trabalho foram assassinados
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira, 15, em Nova Petrópolis, um homem identificado como Noberto Mânica, apontado como mandante da ‘Chacina de Unaí’, que aconteceu em 2004 em Minas Gerais. Na época, foram mortos três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho durante uma fiscalização em Unaí, no noroeste mineiro.
Em 2023, Mânica foi condenado a 64 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha. O crime foi motivado porque o fazendeiro e seu irmão, Antério Mânica, estavam insatisfeitos com fiscalização de condições análogas à escravidão em propriedades rurais. Foram assassinados Nelson José da Silva, Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Ailton Pereira de Oliveira.
As investigações apontaram que Mânica estaria escondido no interior de Nova Petrópolis. De acordo com a Polícia Civil, ao ser localizado, ele deu informações falsas sobre a identidade. Após ser confrontado sobre as informações, ele confessou ser procurado pela Justiça.
Os irmãos Antério e Noberto Mânica eram fazendeiros na região de Unaí, e teriam encomendado os assassinatos dos profissionais do Ministério que apuravam as denúncias feitas contra fazenda deles. Além dos dois, outros cinco homens também foram condenados pelo crime. Antério Manica foi eleito prefeito de Unaí e governou o município entre 2007 e 2012. Ele está preso e foi condenado a 89 anos.