Investigado vai cumprir medidas cautelares
O homem de 37 anos suspeito de armazenar 200 mil arquivos de pedofilia em Canoas foi solto pela Justiça, informou o Ministério Público nesta segunda-feira, 30. Ele havia sido preso no dia 26. De acordo com o MP, o investigado vai cumprir medidas cautelares, entre elas: uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico em juízo a cada 30 dias, recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.
A Polícia Civil descreveu o indivíduo como “o maior armazenador de conteúdos de pedofilia do Rio Grande do Sul”. Fotos e vídeos retratavam “estupros de crianças, bebês e até mesmo recém-nascidos”. Alguns dos atos violentos aconteciam com a utilização de instrumentos, configurando “atos sexuais com tortura”.
Em uma audiência de custódia, a Justiça determinou a liberação provisória do homem. O MP afirma que o crime tem pena máxima de quatro anos de reclusão e que, “apesar da gravidade do delito, o parecer pelo pedido de liberdade provisória deve-se ao crime não preencher os requisitos para pedido de prisão preventiva”. Segundo o MP, a prisão preventiva só poderia ser adotada se o investigado fosse reincidente, o que não é o caso.
A polícia informou ainda que a residência do suspeito foi fotografada para que as autoridades apurem se alguma das cenas de pedofilia foi gravada no local. Além dos 200 mil arquivos apreendidos, mais 160 GB de conteúdo foram encaminhados ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para extração e análise.