Tragédia matou 161 pessoas e expulsou mais de 654 mil de casa
Detentos do sistema prisional do Rio Grande do Sul começaram a produzir camas e berços que serão destinados às vítimas das enchentes no estado. De acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), a iniciativa parte de presídios das cidades de Iraí, no Norte do RS, e de Canela, na Serra. As casas prisionais têm oficina e equipamentos de marcenaria, bem como material que foi doado para a fabricação. Estão envolvidos detentos com experiência no ofício.
Em um primeiro momento, está prevista a montagem de 135 camas. Em Iraí, a meta é fazer 100 camas que serão destinadas aos abrigos de Roca Sales, na Região dos Vales, uma das mais atingidas pelas enchentes. Já em Canela, a meta é de 120, que vão para as cidades de São Sebastião do Caí, Três Coroas e a própria Canela. As entregas devem ser feitas por voluntários.
As camas são de madeira, material que também é utilizado nos berços. Na confecção, são usados parafusos, pregos, lixadeiras e outros equipamentos de marcenaria. Os detentos envolvidos no trabalho podem ter a pena que estão cumprindo reduzida, conforme prevê a legislação brasileira.
Outras iniciativas
A montagem das camas e dos berços se une a outras iniciativas do sistema prisional do RS de suporte aos atingidos pelos temporais. Rodos de limpeza estão em produção em Iraí. Cerca de 140 serão distribuídos entre Frederico Westphalen, Muçum e Roca Sales. Em Frederico Westphalen, 500 rodos já ficaram prontos e cerca de 350 foram enviados para cidades da Região dos Vales.
Outras unidades prisionais estão fornecendo materiais de higiene. Há produção de sabão pela Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves; de fraldas descartáveis pelo Presídio Estadual de Jaguarão; e absorventes pelo Presídio Regional de Caxias do Sul.