Advogado ainda declara que assassino confesso foi ouvido na delegacia sem a presença de um defensor, o que invalidaria as declarações prestadas
A defesa de Tiago Ricardo Felber, que confessou ter jogado o próprio filho de cinco anos em um rio em São Gabriel, questiona a legalidade da prisão do homem. As informações são do portal UOL.
O advogado afirma que Felber sofreu agressões de policiais, e prestou depoimento sem a presença de um defensor. A defesa pede a anulação da prisão, e aguarda a transferência do acusado para outra unidade prisional.
Segundo o advogado, Felber disse durante a audiência de custódia, realizada na quarta, 26, que foi agredido por policiais penais e militares após ser preso. Além disso, ele afirmou que foi ouvido na delegacia sem a presença de um advogado, o que, segundo a defesa, invalidaria as declarações prestadas, inclusive a confissão de Felber de que matou o próprio filho. Na audiência de custódia foi decretada a prisão temporária de Felber.
Com base nessas alegações, a defesa informou ao UOL que irá ingressar com um pedido de relaxamento (anulação) da prisão de Felber. O argumento principal é que a detenção não teria cumprido os procedimentos legais, uma vez que não houve a presença da defesa no momento em que Felber foi ouvido pela Polícia Civil.
O delegado Daniel Severo rebateu o argumento da defesa. Segundo ele, Felber soube de seus direitos antes do depoimento, como poder permanecer calado, e também nomear um defensor. Porém, Felber declinou, e confessou o crime durante o depoimento, segundo Severo.
“Com relação à presença do advogado, é um direito de quem está sendo ouvindo, e não uma obrigação”, disse o delegado ao UOL. Ele disse ainda não ter conhecimento sobre supostas agressões sofridas por Felber, e disse que nada foi relatado ou registrado na Polícia Civil quanto a isso
A defesa também manifestou preocupação com a segurança de Felber no Presídio Estadual de São Gabriel, onde ele está preso. Ele estaria sendo ameaçado por outros detentos, segundo o advogado, que afirma ainda que o presídio não possui condições para garantir a segurança de seu cliente. O advogado afirma que já formalizou o pedido de transferência, e acredita que Felber possa ser transferido para outro presídio no estado, como o de Santa Maria ou de Charqueadas.