Crime aconteceu em 2022; corpos foram carbonizados em churrasqueira
Cláudia de Almeida Heger, 51 anos, acusada de matar o pai e a madrasta há três anos em Cachoeirinha, morreu aos 51 anos, na quinta-feira, 20. Ela estava presa na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba desde maio de 2023. Na última quarta-feira, 19, foi transferida ao Centro de Custódia Hospitalar Vila Nova a pedido do médico responsável da Unidade Básica de Saúde do presídio. Cláudia morreu um dia depois de sair da prisão.
De acordo com a Polícia Penal, o atestado de óbito aponta como causas do falecimento “complicações devido à comorbidades: apenada tem registro de diabete, obesidade, hipertensão arterial e infecção do trato urinário”.
O corpo de Cláudia foi cremado neste sábado, 22, em Porto Alegre.
O crime
Em 2022, o casal Rubem Heger, 83 anos, e Marlene Stafford Heger, 53, desapareceu. Conforme o Ministério Público, os réus Cláudia de Almeida Heger e Andrew Heger Ribas, filha e neto de Rubem, deslocaram-se até a casa das vítimas, em Cachoeirinha, em 27 de fevereiro, e cometeram o duplo homicídio.
Na sequência, os acusados obstruíram a frente da garagem com colchões e colocaram os corpos das vítimas no interior do veículo Ford Fiesta, ocultando posteriormente os cadáveres.
Em acordo com o MP, o neto de Rubem deu novos elementos para a investigação. Admitiu participação na morte de Rubem e Marlene e confessou: o casal teria sido morto e depois queimado na churrasqueira da casa.
No depoimento, Andrew diz que tudo foi planejado por sua mãe, Cláudia. A defesa dela, ao tomar conhecimento da delação, voltou a negar o envolvimento na morte do pai e da madrasta.
Os denunciados ainda mataram a cachorra das vítimas, colocando o animal em uma caixa de gordura. Para o MP, os crimes tiveram motivação financeira.