Doença afeta principalmente crianças de até cinco anos
A médica pediatra e vereadora de Farroupilha, Eleonora Broilo (MDB), explicou sobre o surto do vírus ‘mão-pé-boca’ que está ocorrendo no município e em outras cidades da Serra Gaúcha. Eleonora destacou que não existe vacina porque o vírus não causa sequelas. A doença que afeta principalmente crianças de até cinco anos faz com que elas criem anticorpos, e em até sete dias já estarão curadas e não serão mais afetadas pelo vírus. “A primeira orientação é que não mande para a escolinha”, ressaltou. Eleonora explicou que as famílias devem procurar seu pediatra de confiança para tratarem os sintomas.
Principais sintomas
Geralmente, aparecem depois de 3 a 7 dias após a infecção pelo vírus e incluem:
Febre acima dos 38ºC;
Dor de garganta;
Muita salivação;
Vômito;
Mal-estar;
Diarreia;
Falta de apetite;
Dor de cabeça;
Além disso, após cerca de dois a três dias é comum o surgimento de manchas ou bolhas vermelhas nas mãos e nos pés, assim como aftas na boca, que ajudam no diagnóstico da doença.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da síndrome mão-pé-boca é feito pelo pediatra ou clínico geral por meio da avaliação dos sintomas e das manchas. Por causa de alguns sintomas, essa síndrome pode ser confundida com algumas doenças, como a herpangina, que é uma doença viral em que o bebê apresenta feridas na boca semelhante às feridas do herpes, ou a escarlatina, em que a criança apresenta manchas vermelhas espalhadas pela pele. Por isso, o médico pode solicitar a realização de exames laboratoriais complementares para fechar o diagnóstico. Entenda mais sobre a herpangina e saiba o que é a escarlatina e principais sintomas.
Como acontece a transmissão
A transmissão da síndrome mão-pé-boca normalmente ocorre através da tosse, espirros, saliva e do contato direto com as bolhas que tenham estourado ou fezes infectadas, principalmente durante os primeiros 7 dias da doença, porém mesmo após a recuperação, o vírus ainda pode ser transmitido através das fezes durante cerca de 4 semanas.
Assim, para evitar pegar a doença ou evitar transmiti-la para outras crianças é importante:
Não ficar perto de outras crianças doentes;
Não partilhar talheres ou objetos que tenham entrado em contato com a boca de crianças com suspeita da síndrome;
Lavar as mãos após tossir, espirrar ou sempre que se precisar tocar no rosto.
Além disso, o vírus pode ser transmitido através de objetos ou alimentos contaminados. Por isso, é importante lavar os alimentos antes do consumo, trocar a fralda do bebê com luva e depois lavar as mãos e lavar bem as mãos após usar o banheiro. Veja quando e como lavar as mãos corretamente.
Como é feito o tratamento
O tratamento da síndrome mão-pé-boca deve ser orientado pelo pediatra ou clínico geral e pode ser feio com remédios para a febre, como o Paracetamol, anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno, remédios para a coceira, como anti-histamínicos, gel para as aftas, ou lidocaína, por exemplo. O tratamento dura cerca de sete dias e é importante que a criança não vá à escola ou à creche durante este período para não contaminar outras crianças.