Descaso de pessoas que não desmarcam consultas resulta em desperdício de dinheiro público
A Secretaria de Saúde e a Associação Pró Saúde informam que mais de 18 mil pessoas não compareceram às consultas agendadas nas Unidades Básicas de Saúde ao longo do ano de 2022. O descaso de quem não desmarca a consulta gera um custo para o governo municipal. Conforme dados da secretaria, entre outubro de 2021 e fevereiro de 2023, o município desperdiçou R$ 908.610,00 por conta das faltas. Confira no documento abaixo os dados apresentados:
De todos os atendimentos que foram agendados na cidade ao longo do ano, 18.988 mil pessoas não compareceram, o que representa 16,57% do total. Os números são referentes aos atendimentos de consultas médicas, consultas odontológicas, fisioterapia e psicologia.
Neste começo de 2023, os números também são preocupantes. Somente no primeiro trimestre, os dados apontam para 4.541 faltas em consultas. Este montante representa 14,23% do total, seguindo a média do ano passado.
O diretor de Departamento da Secretaria de Saúde de Farroupilha, Thiago Brambilla, comentou sobre as faltas. ”Estas faltas geram, além de outros problemas, prejuízos financeiros para a cidade, umas vez que os profissionais da saúde recebem seus vencimentos mesmo sem terem atendido ao paciente. Os atendimentos são agendados durante a semana e mesmo com uma distância curta entre este o atendimento, as faltas ainda ocorrem em grande quantidade, e isso impacta também no número de pacientes que deixam de receber atendimento, pois as agendas lotam e alguns paciente não conseguem realizar o seu agendamento”, salientou.
A diretora-técnica do Pró-Saúde e médica de família, Gabriela Müller Lehmen, falou sobre a importância dos atendimentos, dos programas criados para atender a população e os prejuízos no atendimento que a cidade sofre com as faltas. “Desde a chegada da pandemia, muitas demandas ficaram reprimidas. O acesso aos serviços de saúde é uma das dimensões mais importantes ao se avaliar a qualidade desses serviços. Por isso, a Secretaria da Saúde e o Pró-Saúde vêm adotando diversas estratégias para extinguir essas barreiras e facilitar o acesso da população ao atendimento. Isso inclui desde as ações de prevenção e promoção de saúde, consultas de rotina, até as consultas de encaixe, de urgência e emergência e da ampla escala médica e de enfermagem no Centro de Saúde. Esse esforço fica visível através das ações em áreas comunitárias, praças e parques; no programa Sábado do Trabalhador; no agendamento de consultas via telefone; no aumento da oferta de consultas, tanto básicas quanto de especialidade. Ao não comparecer à consulta na UBS, meu próprio vizinho fica sem essa vaga. Ao não comparecer à consulta de especialidade médica, consulta psicológica ou com fisioterapeuta, outras pessoas que realmente precisam de ajuda passam mais tempo na fila.” disse ela.