Secretaria da Saúde pede maior adesão de gestantes aos exames e tratamentos disponíveis no SUS
Farroupilha registrou um crescimento expressivo nos casos de sífilis congênita em 2025, com nove notificações contra quatro em 2024 e três em 2022. O alerta foi feito pelo secretário municipal da Saúde, Thiago Brambilla, que atribui o aumento à baixa procura de gestantes pelo tratamento adequado durante a gravidez.
De acordo com os dados da Vigilância Epidemiológica, a sífilis adquirida apresentou queda, passando de 167 casos em 2024 para 129 em 2025. Já os números de sífilis em gestantes também diminuíram, de 49 para 27 no mesmo período. Apesar da redução nessas categorias, os casos de transmissão vertical da doença, que ocorre da mãe para o bebê, cresceram — o que evidencia falhas no acompanhamento e na adesão ao tratamento pelas gestantes.
Brambilla ressaltou que o tratamento é gratuito e está disponível na rede pública de saúde, mas que muitas gestantes não comparecem às consultas ou abandonam o acompanhamento. “A sífilis congênita é totalmente evitável. Precisamos de mais conscientização e responsabilidade com o pré-natal. O diagnóstico precoce e o tratamento são fundamentais para proteger o bebê”, destacou.
Além da sífilis, os dados também apontam 178 casos de HIV registrados até 2025, sendo 24 em moradores de Farroupilha e 30 de outros municípios atendidos. Foram tratadas ainda 10 crianças expostas ao HIV no período.