Para ele, a ausência de planejamento coloca em risco o futuro do saneamento no município
O vereador Roque Severgnini (PSB) se manifestou contrário à municipalização imediata dos serviços de abastecimento de água em Farroupilha e criticou a possibilidade de aditivo contratual com a empresa Aegea, atual gestora da Corsan. A declaração foi feita em entrevista ao programa Spaço Rádio Jornal desta sexta-feira, 25, como contraponto à fala de seu colega de partido, Juliano Baumgarten, que defende a municipalização. Segundo Severgnini, qualquer decisão sobre o futuro da água e esgoto no município precisa ser precedida de um estudo técnico detalhado. “Estamos diante de uma escolha que terá reflexos profundos até 2062. Precisamos prever a demanda por água e esgoto, expansão urbana e outros fatores que impactarão as próximas décadas”, alertou.
O parlamentar também foi enfático ao afirmar que a possibilidade de aditar o contrato com a Aegea, conforme vem sendo cogitado, seria “inconstitucional e ilegal”. Ele ainda criticou a pressão que estaria sendo feita sobre a prefeitura para assinar o aditivo e cobrou transparência no processo. Roque defendeu a contratação urgente de uma consultoria especializada para levantar estimativas de crescimento populacional, capacidade dos poços artesianos, necessidade de novas barragens e ampliação da rede atual. Com esses dados, segundo ele, seria possível discutir de forma equilibrada e técnica qual o modelo ideal para o saneamento básico: seja a criação de uma autarquia municipal, nova licitação ou parceria pública-privada.
“Não se trata apenas de escolher entre licitação ou municipalização. Trata-se de tomar uma decisão técnica, baseada em dados concretos, que garanta um serviço eficiente e seguro para o futuro de Farroupilha”, concluiu.