Parlamentar caxiense critica órgãos ambientais e defende aprovação de projeto que flexibiliza regras
O vereador Sandro Fantinel (PL) afirmou que o maior inimigo do agricultor atualmente não é a inflação nem as intempéries climáticas, mas sim os órgãos ambientais. Em entrevista à Rádio Spaço FM, Fantinel denunciou o que chamou de “excesso de burocracia e proibições” que estariam inviabilizando a permanência das famílias no campo. Segundo o parlamentar, o agricultor está “desesperado” diante de restrições que impedem até ações básicas, como limpar açudes, abrir valos para escoamento de água ou aproveitar madeira de árvores derrubadas por temporais. Ele relatou o caso de um produtor em Santa Lúcia, que possui 30 hectares, mas só pode ocupar oito, tendo sido proibido de usar árvores caídas para construir um galpão.
Fantinel também criticou as multas aplicadas por intervenções em áreas de preservação e bacias de captação. “Hoje o homem do campo não é mais dono da terra dele. Tudo é proibido, e se fizer qualquer coisa, é multa de R$ 18, 20 ou 25 mil”, desabafou. Durante a entrevista, o vereador demonstrou convicção no Projeto de Lei 2.159/2021, aprovado no Senado e que segue para análise na Câmara dos Deputados. A proposta, conforme Sandro, reduziria pela metade as restrições ambientais e daria fôlego à agricultura. “Se não mudar, vai acabar a agricultura. Vão empurrar o agricultor a abandonar a produção e vender as terras para chácaras irregulares”, alertou.
Fantinel encerrou a conversa pedindo bom senso dos órgãos de fiscalização ambiental. “Se querem proteger o meio ambiente, têm que pensar em quem vive dele. Senão, o campo vai desaparecer”, frisou.