Farroupilha registrou duas mortes em 2024
Farroupilha registrou em 2024, duas mortes de pessoas em surto que confrontaram os policias durante ação de apoio ao atendimento da ocorrência. O primeiro ocorreu em 17 de fevereiro, após um homem de 33 anos invadir a Delegacia de Polícia Civil do município. Ele havia sido detido mais cedo por desacato e foi liberado após o registro. Instantes depois, ele retornou com uma barra de ferro e invadiu a delegacia, em aparente estado de surto. Ao investir contra os policiais, foram efetuados dois disparos de arma de choque e seis tiros de bala de borracha, sendo necessário o uso de arma de fogo para segurança dos agentes. O homem foi atingido e morreu no local.
O segundo caso aconteceu na noite de 10 de dezembro, no bairro Alvorada. De acordo com a Brigada Militar (BM), a ocorrência iniciou com o apoio a equipe do Samu que tentava atender um homem de 61 anos, em surto. Ele não respeitou e nem obedeceu as ordens e avançou contra as equipes do Samu e BM com uma faca. Os policiais utilizaram uma arma de choque, mas não surtiu efeito, ele continuou avançando e levou os policiais a atirarem contra o homem. O idoso foi socorrido ao Hospital São Carlos pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos.
Conforme o subcomandante do 36º BPM, capitão Jean Pedro Horszczaruk, o homem estava com uma faca a cerca de cinco metros de distância, e um tiro no pé não impediria a ação de um esfaqueamento nos policiais. “Tem uma regra chamada de ‘Regra de Homem Morto’, que mesmo com dois tiros no peito, a pessoa consegue continuar a ação dela por dois segundos percorrendo uma distância de sete metros com uma faca”, justificou.
O capitão salientou ainda que na polícia militar não existe tiro no pé, pois se isto acontecer é porque se errou o tiro. “Ele sempre será na região da caixa toráxica, e se o confronto for em que o cara estiver com um colete de proteção, o tiro será disparado na região da cabeça, sendo isso questões nas provas de tiros”, ressaltou.
O oficial lamentou casos assim. “Se eu sinto pena dele, alguém vai sentir pena do meu policial que estava lá fazendo o trabalho dele, porque chamaram, que precisavam de ajuda, e infelizmente aconteceu isso”, concluiu.