Mãe das crianças foi presa temporariamente nesta quarta-feira
O caso de Manoela e Antônia Pereira, irmãs gêmeas univitelinas de seis anos de idade que morreram em um intervalo de oito dias, ainda choca a comunidade de Igrejinha, no Vale do Paranhana. O primeiro óbito ocorreu no dia 7 de outubro e o segundo, na última terça-feira. Em comum entre os casos, ambas as meninas chegaram a ser encaminhadas pelo Corpo de Bombeiros Voluntários ao Hospital Bom Pastor, mas não resistiram. A mãe delas foi presa temporariamente.
De acordo com o delegado Cléber dos Santos Lima, titular do Departamento de Polícia do Interior (DPI) da Polícia Civil, não havia sinais de violência externa nas crianças. “Não é algo comum e certamente chama a atenção. Ouvimos os médicos que as atenderam, e tivemos uma convicção de que a mãe pode ser a autora destes crimes”, afirmou o delegado. Ainda conforme ele, o núcleo familiar era “aparentemente normal”, com pai, mãe e as duas crianças.
A família já havia sofrido uma perda trágica, já que outro filho do casal em idade adulta foi morto por suposto envolvimento com o tráfico de drogas. “Em breve, com apoio do Instituto-Geral de Perícias (IGP), teremos uma determinação da causa da morte”, acrescentou. Em nota divulgada na terça-feira, o Conselho das Crianças e dos Adolescentes (Comudica) de Igrejinha frisou que não recebeu denúncias ou relatos de maus-tratos envolvendo as gêmeas.
A Secretaria de Educação de Igrejinha também se manifestou nas duas ocasiões, prestando solidariedade aos familiares, já que ambas as meninas estudavam na rede municipal de ensino.